Atravesse a Ponte
- Loruamma F. Zuza
- 23 de nov. de 2022
- 2 min de leitura
Atualizado: 24 de nov. de 2022
Imagine dois lugares separados por um rio com uma largura de 100 km de distância. Suponha que seja construída uma ponte que ligue um lugar à outro. Na ponte, será estabelecida duas vias de mão dupla. Uma que vai ligar o ponto A ao B, e outra o ponto B ao ponto A.
Considere que a ponte seja sinalizada e adotadas as seguintes regras: o motorista deve trafegar sempre à direita, não dirigir na contramão, não ultrapassar, não dar ré, não fazer conversão proibida e não parar na via, com exceção do acostamento. Vamos supor que as regras sejam respeitadas e seguidas.
Agora imagine que você viaja sobre esta ponte e no meio da ponte, você percebe que um ínfimo trecho da sua via foi arruinado, o suficiente para impedir de prosseguir, ficando apenas a via contrária para passagem. Se formos do ponto de vista do absurdo, você deveria dirigir até o acostamento e ficar parado esperando o resgate ou reconstruírem a ponte, mas sabemos que na vida prática não funciona bem assim. Certamente a administradora da via e a Polícia Rodoviária iria adotar medidas paliativas que permitissem o fluxo dos carros na contramão para continuar a jornada ou orientasse o retorno, permitindo a conversão proibida.
Agora, o que nos faz assumir que podemos passar pelo outro lado da via ou fazer conversão proibida? Quebrar regras mediante as circunstâncias de forma legal? A situação desenhada é um claro exemplo de exceção à regra. Como diz o ditado:"toda regra tem sua exceção". Mas como identificar exceções? Até onde devemos seguir e até onde devemos quebrar? O exemplo da ponte parece óbvio, no entanto nem tudo e tão intuitivo assim. Existem razões implícitas que nos fazem pressupor desta forma e é isto que quero explorar aqui.
Explorando o exemplo da ponte, as regras estabelecidas existem por causa da existência da ponte e das coisas que passar por ela. A ponte existe pelo propósito de permitir que pessoas viagem do ponto A para o ponto B, e vice-versa. Se formos ainda mais longe, talvez tenha uma razão específica para se fazer necessária a viagem de pessoas de um lugar para outro.
Neste sentido, conseguimos observar que as regras não atendem o propósito original, mas elas preservam coisas ou ações que vieram a existência para que o propósito original seja atingido.
Diante do exposto, eu entendo que o propósito específico das regras são garantir a coexistência da vida e das coisas de forma harmônica e equilibrada e que atinjam o propósito pelo qual estas coisas vieram à existência, contudo, elas não podem ser impeditivo de atingir o propósito original nem conflitar com outros propósitos originais.
Ainda, penso que as exceções só existem por que antes existem circunstâncias pelas quais não fazem parte do ideal ou não foram previstas. Para conhecer as exceções, tem primeiro que conhecer o propósito original. Agora pode atravessar a ponte.

Um triste feliz aniversário, Jesus!
Quando nasci, trouxe o amor do Pai
Para o mundo, pedindo que o compartilhassem
Com todos e ensinassem a usá-lo bem.
Meu Pai desejou que todos aprendessem a amar,
Para que pudessem ser meus irmãos e filhos Dele.
Mas o amor que trouxe e entreguei há dois mil anos
Parece não ser um presente que seja vivenciado todos os dias.
Em vez disso, comemoram meu aniversário
Com uma alegria quase pagã, cheia de comida, bebida,
Abraços e risos envolto com embriaguez.
Como poderiam compreender minha sabedoria
E ser mais parecidos comigo, quando vivem
De acordo com esses valores mundanos e egoístas
Eu vejo vocês, meus amados, seguindo o mesmo caminho
Que o mundo os leva.…
O exemplo da ponte achei complexo para explicar algo simples, de que existem situações onde o correto parece ser fugir a regra, na vida nós escolhemos quando devemos fazer isso, analisando critérios objetivos e subjetivos, não existe uma resposta certa ja que falamos de moral, de forma que tendemos a pensar que em certas situações o bom senso deve imperar, em outras as leis, tudo depende do caso e da decisão subjetiva das pessoas.
Por fim deixo a reflexão de que talvez as regras do universo não possuem propósito algum, elas apenas são como são, por isso o universo é um caos de explosões, estrelas colidindo, buracos negros destruindo etc, no entanto com algumas ordens em meio a desordem, com…